Hoxe mataron uma mulher na Dois de Julho. Quando ouví os tiros, estava fazendo contato visual com um garoto bem bonito que falava no orelhão. Os dois interrompemos o contato para olhar cara a praça, onde a gente se amontoava ao redor dela: uma mulher grossa, de pele escura, mas não negra, e de aspecto desalinhado, que ficava no chão de barriga pra acima, e parcialmente ao descuberto. Tinha sangue no solo, aos lados da sua cara; a sua roupa, vermelha, non deixava distinguir as manchas.
Os vizinhos e os curiosos íanse acercando, muitos passavam a ver de quem se tratava e voltabam com uma expressão como ensaiada, de lástima. Para non quedar de superficiais depóis de ver um corpo defunto no chão.
-Quem é?-
- Matarom á Gina - falou um home.
Nos bares da praça falava-se do tema, mas poucos foram os que se tinham aproximado ao lugar. Há pouco me di conta de que é algo que forma parte do diario da cidade, e que xa non surpreende a ninguem. Mas teve gente que chorou pela coitada mulher. Uma vizinha, bem xove, desconsolada: - Que vamos fazer agora? - Dizía. - E o menino, seu neto?-.
Eu fui dalí no ginásio, para queimar a adrenalina, e terminei queimándoa de todo com o Joelson, que hoxe cismou em vir na casa e saíu há um pouco aínda.
Mas outro día falo máis do Joe e doturos dramas que me forom proximos, coma o do Gaúcho.
A vida segue.
26 de nov. de 2007
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2 comentários:
por certo, que ten o feed confundido de blog... :)
oops. grazas
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