21 de out. de 2007

O peixe que non era tropical.

20 de out. de 2007

os olhos do nibelungo

Este blog começa um pouco triste. Há quase 3 meses que moro em Salvador da Bahía, e nesse tempo experimentei uma felicidade como nunca. Mas há pouco meu namorado veio morar aquí, e a coisa mudou. Eu adoro ele, mas acho que a nossa convivéncia estragou bastante minha estancia aquí. Hoje ele voltou a Madrid e ja tem um bilhete de volta a Salvador pra dentro de 10 días. Mas brigamos tanto últimamente que ele diz que vai pensar se ele volta. Fico contrariado, mas ocorre que meus sentimentos por ele mudaram. E quero estar seguro de que é um problema de convivéncia, e non de desamor. Non sei que pode ocorrer, mas por uma serie de circunstancias que non vou contar aquí, acho que eu merezo e precisso morar sozinho.

Aparte coisas tristes - acho que pode ser horrível comezar um blog a falar da vida sentimental de um - foder... acabo de chamar a o Wagner, um dos caras mais bonitos que eu já vi. Amanha vamos marcar pra fazer alguma coisa... se há sorte.

Wagner e eu nos conheceramos a pouco de eu chegar no Brasil, uma noite, numa rave a altas horas da madrugada, e ele diz pra mim que estava com o seu namorado (um cara feio pra caramba).

O día anterior a eu voltar na Espanha pra fazer umas provas na Autónoma, fui na "Off", uma disco com nome de repelente anti-insetos, e que honra ao seu nome. Bom, nessa boite, depóis de ver centos de caras super-feios - coisa rara na Bahía, cidade onde pelo menos, a metade dos homens som bonitinhos - , aguentar bichas doidas e demáis, teve de súpeto uma vissão:
foi uma coisa coma de sequencia de video musical, ou filme dos 80´s...

A gente se olhou direto, e eu me acerquei no cara: ele é moreno, pele escura de cor dourada, mas com face de "caucasiano". Seguro, com essa cor, ele é um pouco indio. É um tipo de gato que só se pode encontrar no Brasil. Roupa surfer, frouxa, franja no cabelo e dois brincos de prata na orelha esquerda.

A gente falou, a metade em inglés, e non porque eu non entendera, senon porque a situaçao o requería. Ele estava con uma amiga do seu namorado. Uma mulher grossa, ums 40 anos, cabelo louro de pote e de uma beleza criptica. Depois de um bocado a paquerar com o Wagner, ele me convenceu pra falar com sua amiga e fingir que eu quería paquera com ela. Pra brincar, Wagner diz pra mim que ela é piriguete*. Com seus grandes beizos e brackets, non era muito do meu agrado, nen ainda se eu fosse hetero, mas depois, já quando eu ía embora por non agüentar máis a situação, a povre mulher me falou que ela non ía covrar pra mim. Ía dar só amor. Nossa... Saía dalí chateado, porque o cara non me quiz dar seu numero. Por causa do seu namorado, dizia ele...

Pensei que non nos iamos ver mais. Mas quando eu estava na Espanha ele foi na faculdade, e non sei como, deu com o outro espanhol que trabalha lá, Agustín. Ele lhe pediu meu e-mail (!?), e escreveu pra mim, mas sem me dar seu celular. Na vez seguinte que a gente se viu foi num bar, o Babalotim, no Rio Vermelho. Eu ía com meu namorado, saludei e dissimulei como pude. Ciúmes no ar...

Enton finalmente vamos-nos ver amanhá. Decidí non sair porque estou agotado, e marcamos no porto da Barra ás 11...

*piriguete: prostituta